Internauta amigo, não foi por acaso que você desembarcou nesta página. Deus tem um plano para a sua vida, e eu espero que esta página ajude você a identificá-lo e segui-lo. Mas antes, conto-lhe uma história:

- Um jovem revolucionário foi preso e condenado à execução em praça pública. Antes de ser fuzilado, porém, dirigiu esta inquietante indagação aos executores:- Eu sei por que estou morrendo; morro por um ideal. E vocês? Por que estão vivendo?

Minha esperança é que você saiba por que está vivendo!


QUEM SOU EU?

Sou João Soares da Fonseca, brasileiro, casado, maior... nascido em 15 de maio de 1955, em Barra de São Francisco, Estado do Espírito Santo, na divisa com Minas Gerais (Mantena é a primeira cidade do lado de Minas).

25-08-2014. Falando à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por ocasião da homenagem do Município à Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro

MINISTÉRIOS 

Aceitei Jesus como meu Salvador na (Primeira) Igreja Batista de São Silvano (em Colatina, Espírito Santo), e aí fui batizado em 1967, pelo pastor Gelson Lopes Martins, pastor cujo nome foi dado à rua onde se situa o templo da igreja.

Em 1973, fui estudar no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, preparando-me para o ministério pastoral. Formei-me bacharel em teologia em 4 de dezembro de 1976, com a turma John Boyd Sutton.

Uma semana depois, 11 de dezembro, fui consagrado pastor batista na Igreja Batista Central em Cachoeiras de Macacu (RJ). A consagração fora solicitada pela Primeira Igreja Batista em Vila Velha, na grande Vitória (ES). Eis a foto do ato de imposição de mãos, no instante em que orava o Pastor Jaílton Barreto Rangel, então pastor da vizinha, Primeira Igreja Batista em Cachoeiras de Macacu (RJ):

Da esquerda para a direita: Pr. Isaías Martins (Examinador geral); Pr. Reginaldo N. Gregório (Presidente do Concílio e Orador da Ocasião);  Pr. Jailton B. Rangel (Oração consagratória); Pr. Zalmir Marinho (Entrega da Bíblia); Pr. Diné René Lóta (Secretário), e o Pr. José Pinto

O PRIMEIRO MINISTÉRIO

A Primeira Igreja Batista de Vila Velha (ES) foi paciente com o jovem pastor por cinco anos (1976-1981), já que este ensaiava os primeiros passos na às vezes acidentada trilha do ministério. Foi um pastorado que Deus se dignou muito abençoar. Ele nos levou de 200 para 400 membros. Nesse meio tempo, a Convenção Batista do Estado do Espírito Santo organizou um seminário em Vitória, que hoje funciona até com filiais, o CETEBES, Centro de Educação Teológica do Estado do Espírito Santo. Fui então o primeiro professor de hebraico e Antigo Testamento. Os alunos também eram muito pacientes. O ministério em Vila Velha ia bem, mas o Senhor tinha outros planos, e me mandou... "pra lá de Bagdá".

O SEGUNDO MINISTÉRIO

Deixei Vila Velha para ser missionário da Primeira Igreja Batista de Vitória, junto aos brasileiros no Iraque de Saddam Hussein (1981-1983). Foi uma visão especial do então pastor da igreja, Samuel Cardoso Machado (1932-2022). Na época, a empresa mineira Mendes Júnior transportara um verdadeiro brasilzinho para construir uma ferrovia desde os arredores de Bagdá até Al-Qaim, fronteira com a Síria, rasgando parte do deserto. Morávamos literalmente no deserto, mas à beira do rio Eufrates, onde, aliás, batizávamos os novos decididos.

Batizando no Rio Eufrates o irmão Domingos Bueno da Silva, hoje pastor em Passos (MG). Vários outros irmãos foram aí batizados.

Nosso acampamento principal, o Km 215, na província de Al-Anbar, ficava próximo à cidadezinha de Al-Baghdadi (não confundir com a capital, Bagdá). O 215 tinha até um circuito fechado de televisão, onde eu pregava semanalmente. 

Falluja, a cidade tristemente famosa por hospedar o núcleo principal de resistência na guerra de George W. Bush, era nosso caminho de casa. Para ir de Bagdá ao Km 215, tinha-se que passar por Falluja. Na época, o Iraque estava em guerra com o Irã, mas Deus nos protegeu o tempo todo.

Enquanto no Iraque, foi possível visitar várias vezes as ruínas da Babilônia (a 80 km ao Sul de Bagdá), Nínive (Norte do Iraque, uma vez), Turquia e Grécia (uma vez), Jordânia (duas vezes) e Israel (duas vezes).

Visitando as ruínas da Babilônia (foto de Elio Moretti, que me mostra tijolos com inscrição cuneiforme)

Nos acampamentos da Mendes Júnior, dos quais o Km. 215 era o maior, havia centenas de nacionalidades representadas. Funcionários da empresa diziam, na época, existir 120 passaportes diferentes no quadro de trabalhadores. Do ponto de vista cultural, era uma festa.


O TERCEIRO MINISTÉRIO

Em fins de 1983, a festa, digo, a ferrovia acabou, e os brasileiros retornaram à Pátria Amada. Pingando pela Europa (Inglaterra, Holanda, Alemanha, Bélgica e Portugal), estacionei de novo em Vitória, dessa vez para pastorear a Igreja Batista da Praia de Suá, na ilha de Vitória. O CETEBES me chamou de volta, e lá fui eu ensinar hebraico de novo, agora um hebraico com sabor de árabe. 

Durante o pastorado em Suá, o jornal O Batista Capixaba precisou de um redator. Na falta de outra pessoa, lá fui eu, ser redator nas horas vagas (como se as houvesse muitas no ministério!!!). Suá foi o meu mais curto pastorado (1984-1986). Teria ficado lá até o fim da vida, tal o amor daqueles irmãos. Mas, de novo, o Senhor me desalojou de Vitória. Destino: Rio de Janeiro. Sei que há irmãos que têm dificuldade de entender ministérios curtos; mas digo a eles diante de Deus, não sou eu quem controla isso. "O vento sopra onde quer", disse Jesus. Ou, para usar a poesia de Paulinho da Viola, "não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar...". O mar, no caso, é Deus, "o oceano do Espírito".


O QUARTO MINISTÉRIO

A 9 de maio de 1986, tomei posse no pastorado da Primeira Igreja Batista em Cascadura, no Rio de Janeiro. Eu precisaria de todo o espaço disponível na Internet só para descrever a adrenalina que foi Cascadura. O Rio é uma cidade de muitos agitos. E as igrejas não ficam atrás. O carinho do povo carioca é algo que desafia a compreensão. A vertente musical de Cascadura faz de cada culto uma festa. Ninguém cantava o hino "Deus é amor" (Cantor Cristão, No. 24) como se cantava em Cascadura. Foram 15 anos de convivência, crescimento e celebração.

Fachada do templo da Primeira Igreja Batista em Cascadura, Rio de Janeiro. A construção se deu no abençoado pastorado do Pastor Eduardo Alexandre Klawa, pastor durante 42 anos, seu único pastorado, aliás

Por dois anos, durante o tempo em Cascadura, acumulei a função de redator-auxiliar de O Jornal Batista, a convite do Pastor José dos Reis Pereira. Era uma função de tempo parcial: só um dia por semana. Mas era um dia ao lado do cérebro de Reis Pereira, do amor à história de Othon Ávila do Amaral, do perfeccionismo do fotógrafo J. C. Linhares Fábio e da eficiência da secretária Joveninha Mariano. Depois, com o novo redator, Nilson Dimárzio, fiquei ainda algum tempo ajudando. Quando eu pensava que ia morrer no Rio e ser enterrado em Inhaúma, os ventos de Deus sopravam de novo. E de novo, para longe. Mas antes de passar para este último episódio, conto outra história:

Morávamos em Cascadura, e Peggy trabalhava na Tijuca, na UFMBB, como líder nacional da Sociedade de Crianças, que depois passou a chamar-se "Amigos de Missões". O ar condicionado do Opala havia pifado, e não houve técnico neste mundo que desse jeito. Um dia, no pico do calor, Peggy chegou vermelha em casa e fez uma espécie de oração-desabafo: "Ó Senhor, que calor! Mande-nos para um lugar frio". Brinquei: "Fica orando desse jeito, que Deus manda a gente lá pro Polo Norte, e aí você vai ver...". Sabe o que aconteceu? Deus nos mandou para o Canadá, o último país antes do Polo Norte. Assim, a 22 de abril de 2001, Deus encerrava o nosso ministério em Cascadura, num culto memorável, que teve batismos e casa cheia. E o carinho desse povo não parava de surpreender.

O QUINTO MINISTÉRIO

A 6 de maio de 2001, iniciamos então nosso ministério no Canadá. Fui pastor da Eastview Baptist Church, na bela cidade de Ottawa, a capital do País. Eastview é uma antiga igreja canadense (1921), anglofônica, que em 1991 abriu o seu ministério para cultos também em português, portanto, era uma igreja bilíngue. Bilíngue em termos, porque logo no início desse ministério criamos um grupo de estudo bíblico (na EBD) também em francês, e o rol de membros alistava pessoas provindas de mais de dez países diferentes. Mas todas falando a língua da fé e do amor de Cristo.

O SEXTO MINISTÉRIO

Quando pensávamos em pendurar as chuteiras na terra do frio, fomos surpreendidos por um contato, em novembro de 2005, da Comissão de Sucessão Pastoral da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, a PIBRJ.

Para encurtar uma história emocionante, a 29 de abril de 2006 tomávamos posse no pastorado dessa que é uma das mais antigas igrejas evangélicas do Brasil, organizada a 24 de agosto de 1884, portanto, ainda no tempo do Império. Foi uma experiência enriquecedora trabalhar com um povo tão piedoso, experiente e organizado.

Depois de 16 anos aprendendo com os irmãos da PIBRJ, o Senhor da Obra sinalizava que era hora de parar. Em 15 de maio de 2022, tivemos o culto de despedida. Dessa vez, rumo à aposentadoria.

FAMÍLIA

Sou casado com uma flor chamada Peggy Smith Fonseca. Nascida em Evansville, Indiana (EUA), criada em Indianápolis e Chicago, ela morou na Coreia do Sul por dois anos, como missionária. Depois, veio para o Brasil em 1983, enviada como missionária pela International Mission Board, a famosa Junta de Richmond, da Convenção do Sul dos Estados Unidos. Por dez anos, ela foi missionária. Desligou-se da Junta em 1992 para se casar comigo. Coisa do regulamento da época.

Peggy é uma bênção indescritível em minha vida. Sem ela, certamente a minha vida seria um caos.

Tenho duas lindas filhas. Elly, a mais velha, é engenheira de controle e automação, violinista, casada com o Jamie, um jamaicano, que não vai correr nas Olimpíadas. São os pais do Benjamin (2015) e Celina (2023). Elly foi fazer mestrado na Noruega, e como por lá conseguiu emprego, não deve voltar mais para a Pátria Amada.

A caçula, Sissy, formou-se em marketing, pela Escola Superior de Propaganda e Marketing. Sissy se casou em outubro de 2015 com Vinícius, que também é engenheiro e também é violinista.

Parece que música e engenharia são palavras comuns na família. As meninas têm três tios engenheiros, e os três também são músicos.

Sissy e Vinicius se casaram no Rio, mas foram imediatamente residir onde a família de Vinicius já residia: São Paulo. De lá, foram para Luxemburgo. Provisoriamente estão residindo nos Estados Unidos, onde a empresa para a qual Vini trabalha tem negócios. Em 2023, Deus lhes deu uma boneca (Lily).

Os dois genros são ambos respostas de Deus à oração de muita gente! Bons meninos, bons crentes! Estou tentando disfarçar, mas acho que não consigo esconder que sou um pai coruja, um sogro idem, e agora como evitar ser um avô nessa categoria?!!!

PUBLICAÇÕES

Desde os anos oitenta, algumas editoras evangélicas (Juerp, UFMBB) têm publicado artigos e estudos bíblicos da lavra deste escriba menor. Além de crônicas e material homilético em O Jornal Batista. Em 1989, traduzi do espanhol, e a Juerp publicou, o famoso livro de James D. Crane, O Sermão Eficaz, livro-texto em muitos seminários brasileiros.

Foi, no entanto, apenas em 1997 que saiu meu primeiro livro. Conta Outra é uma coleção de histórias, ilustrações e outros dados para sermões e estudos bíblicos. Em 2003, a Editora Hagnos, de São Paulo, publicou a quarta edição. Em 2005, a quinta e última edição. No futuro, Conta Outra pode voltar; depende da vontade de Deus e da boa vontade de algum editor!

Em 2000, duas outras editoras cariocas publicaram dois livros. Tal Cristo, Tal Cristão foi encomendado por Celina Veronese, da UFMBB. Em 2004, foi lançada a segunda edição deste livro. A sucessora de Celina, Raquel Zarnotti, publicou um livro meu, que Celina havia encomendado lá atrás. Saiu, em 2023, Quem Manda na Minha Vida [não] sou eu (estudos de mordomia cristã).

Em 1999, o Dr. Almir Gonçalves, da Juerp, encomendou-me A Monarquia em Israel, cuja segunda edição foi lançada em 2010.

Enquanto deixo no forno um segundo tomo de ilustrações e histórias, continuo contribuindo para as revistas Você (para Adolescentes), Aventura Missionária (para Juniores/Adolescentes), Manancial e Visão Missionária, todas publicações da UFMBB (Rio). Para a Juerp, tenho contribuído para a revista Compromisso (estudos para adultos) e Atitude (para adolescentes). O corajoso Pastor Gilton Medeiros Vieira me convidou para escrever uma coluna em seu então Jornal Novas, hoje Revista Novas, editada mensalmente, o que vem acontecendo desde abril de 2020.


Entre 1988-1991, Deus me concedeu a bênção de ser membro da comissão brasileira que produziu o Hinário Para o Culto Cristão. O HCC, como ficou conhecido, está sendo utilizado por um bom número de igrejas evangélicas no Brasil e no Exterior.

CRÔNICAS E CONTOS

No site da Igreja que pastoreei por último você pode ler algumas das crônicas pastorais, publicadas semanalmente no boletim da igreja (de 2006 a 2022, infalivelmente).

Em 2024, Deus me deu o privilégio de disponibilizar outras crônicas e alguns contos. Deixo o índice, e você escolhe aqui o que quer ler. 

CONTATO

Se você já for cristão, comprometido com a agenda de Deus, ore por mim. Se você não for, mande-me seu nome, que orarei por você. Entre em contato. Será um prazer. Porque andar com Jesus é a experiência mais agradável da vida de uma pessoa. "Que o Senhor te abençoe e te guarde... e tenha misericórdia de ti... e te dê a paz" (Números 6.24-26).